A Romênia é um país latino entre vizinhos eslavos, e o vinho faz parte da cultura há 4.000 anos. 90% da produção é consumida no país, e muito do restante é exportado para a Alemanha, mas esses números estão caindo devido à pobreza.
A Romênia é hoje o sexto maior produtor de vinho da Europa. Há oficialmente 180.000 ha de vinhedos, porém só a metade cultiva cepas consideradas nobres; na outra metade há híbridas de má qualidade. A produção nobre foi de 3,2 milhões de hectolitros em 2008, com 78% de vinho branco, em geraldoce ou meio-doce, para o mercado doméstico, porém no exterior o país é mais conhecido pelos tintos.
A privatização de vinhedos e vinícolas estatais estava quase completa em 2002, com a devolução de 180.000 ha a particulares em terrenos de menos de 1ha. Como em todo o antigo bloco oriental, essa fragmentação trouxe grandes problemas para as vinícolas, que lutam para comprar vinhedosconsolidados de modo a controlar a qualidade das uvas. Desde a queda do comunismo houve investimentos estrangeiros consideráveis atraídos pela qualidade em potencial aliada ao baixo consumode terra e mão-de-obra. Ainda assim, a imagem dos vinhos romenos é ruim: excetuando-se o preço baixo, são mal feitos e inconsistentes. Mas um grupo de vinícolas (a maioria de propriedade estrangeira) montou uma organização para promover o vinho romeno em conjunto.
Os vinhedos ficam dos dois lados dos Cárpatos. A oeste, cepas como FeteascaAlba e Olasz Riesling são as mesmas da Áustria ou da Hungria. A leste dos Cárpatos, o distrito romeno mais conhecido de vinho tinto, Dealul Mare, ganhou fama com os Pinots Noirs maduros e suaves. Há vinhas internacionais na Romênia desde que a filoxera devastou os vinhedos no fim do Século XIX, mas poucas são de boa qualidade. Entretanto, há cepas autóctones interessantes, principalmente a tinta Feteasca Neagra, ("uva de donzela"), com potencial para fazer vinhos ricos e estruturados. A cruza branca Feteasca Regala origina bons vinhos espumantes, e a Tamaioasa Romanesca ("uva incenso") e a Grasa são empregadas nos brancos doces de Cotnari.
A indústria vinícola ainda tem um longo caminho, mas a Romênia vem atraindo investidores externos e merece ser observada de perto.
A Romênia é dominada pelos Cárpatos , que cruzam o país da fronteira com a Ucrânia até a Sérvia, circundando o platô da Transilvânia, no centro. Tem 7 regiões vinícolas principais: na província de Moldova, no nordeste, fica a famosa região de Cotnari, cujos vinhos doces já rivalizaram com o Tokaji húngaro; o distrito de Murfatlar, em Dobrogea, na planície costeira do Mar Negro, no sudeste, é mais conhecido pelos brancos. Nas encostas de orientação sul dos Cárpatos, Oltenia-Muntenia, fica Dealul Mare, o distrito mais conhecido da Romênia pelos tintos.