Salta

 

 

       Salta   

   A vitivinicultura de Salta se remonta ao tempo dos conquistadores espanhóis e se caracteriza por contar com um singular epicentro produtor situado nos chamados Valles Calchaquíes. Apesar de que essa denominação pluralizada é essencialmente incorreta, pois trata-se de só um vale, agrupa diversos solos diferenciados entre si pela altura, que vai desde 1.700 metros (em Cafayate) até 2.400 (em Colomé), passando por 2.000 metros em Yacochuya ou a mesma altura na região de La Viña.

O gigantesco vale se encontra integramente contido por cadeias montanhosas que lhe dão uma forma de “V”, com vértice na localidade de Santa Maria, na província de Catamarca. A serra dos Pastos Grandes, a Nevada de Cachi e as Serras de Quilmes são as formações localizadas ao oeste. Ao leste se encontram as Serras de Carahuasi, os picos Calchaquíes e a represa de Cabra Corral.

Mais de 1.700 hectares de vinhedos, unidos à qualidade dos vinhos, convertem este vale numa região importante por direito próprio, apesar de que a atração que exerce sobre os visitantes principiantes reside em sua monumental e impactante paisagem. Qualquer uma das três estradas de acesso à cidade de Cafayate é um passeio que deleita e impressiona vivamente ao viajante. Seja vindo de Tucumán por Tafí del Valle, ou da cidade de Salta por Cachi e Molinos ou, ainda, desde Salta pela quebrada do rio Las Conchas, o caminho não tem desperdícios para a vista.

Voltando aos vinhos, Salta oferece uma variedade interessante de sabores, na qual se destacam os aromáticos brancos de Torrontes, a variedade mais típica da região. As superlativas condições ecológicas lhe permitem também obter formidáveis tintos em base a Cabernet Sauvignon e Malbec, dotados de cor profunda e corpo completo. Também, cultiva-se as consabidas Chardonnay, Chenin, Sauvignon Blanc, Merlot e Syrah, entre outras. Um dado curioso é a histórica presença do Tannat nos vinhedos de Cafayate, muitas vezes mesclado entre as fileiras de Malbec, outras vezes sozinho e bem identificado, o que permite obter escuros e potentes varietais.

 

Salta está a noroeste do país limitando-se ao norte com a província de Jujuy e fazendo fronteira com a Bolivia, a leste com o Paraguai, Formosa e Chaco, ao sul com Santiago del Estero, Tucumán e Catamarca e ao oeste com o Chile.

 

  A zona cultivada com videiras começa aos 1.500 metros de altitude sobre o nível do mar e se estende além dos 2.000 metros. As serras de Calatasta e a serra del Aconquija delimitam estes vales

   Vinhedos de altura e beleza conjugam-se nos Valles Calchaquíes, mas mais precisamente na zona de Cafayate, localizada entre montanhas e quebradas que foram testemunhas do crescimento desta região até seu esplêndido presente vitivinícola.

  Ladeada pelas Quebradas de las Conchas, com seu popular Garganta del Diablo e custodiada pelos imponentes cerros Tres Cruces e Morales, Cafayate é um lugar majestoso devido à beleza que o rodeia


 Seus principais terroir vitivinícolas são Cafayate, Santa Maria e Colomé. Há aproximadamente 4.120 hectares de vinhedos. A variedade mais difundida é o Torrontes, cepa branca emblemática da Argentina, com forte personalidade e singularidade única, que começa a se posicionar nos mercados internacionais

 

   Embora não se possa afirmar com certeza a aorigem de seu nome, acredita-se que o nome Salta provém da língua quíchua que significa “lugar bonito, agradável para se estabelecer”. Esta província tem ganhado o apelido de “a bonita”, devido a suas imponentes paisagens, que dão inspiração a poetas e artistas de todo o país. No seu território de mais de 155.000 quilômetros quadrados, fusiona-se a paixão da planície com a supremacia da puna; montanhas e vales percorrem a geografia desta província. Salta foi fundada em 16 de abril de 1582, por Hernando de Lerna, governador de Tucumán. A cidade desde seus começos teve um alto desenvolvimento porque era passo obrigado na rodovia para o Alto Peru. A zona logrou altos rendimentos na agricultura, nos cultivos de cana de açúcar, videira, tabaco, milho, alfafa, trigo, arroz e hortaliças e minaria.

     A vitivinicultura em Cafayate é uma das principais atividades econômicas da zona. Com aproximadamente 4.000 hectares de cultivo de videira, nas terras mais altas da Argentina, localiza-se o berço dos vinhos de altura. Entre os 1.700 metros e os 2.800 metros se encontra o centro produtivo vitivinícola da província.

   Na província de Salta, Cafayate cultiva 70 % dos vinhedos. Também La Poma, Cachi, San Carlos e Molinos se destacam como localidades produtoras. Os Valles Calchaquíes são uma das zonas vitivinícolas mais altas do planeta.

 

   Características Geo-climáticas :

  A mais de 1.500 metros acima o nível do mar, através de seus 520 quilômetros de caminhos, com uma paisagem agreste de algarobeiras e cacto, percorrem-se 2.500 hectares cultivadas.  Os solos, constituídos por sedimentos de tipo arenoso, proporcionam condições de drenagem excelentes garantindo a lixiviação de sais nocivas. A água de rega é proporcionada pelos rios que traçam o percurso dos vales, o Calchaquí e o Santa María, e se complementa com água de poços de subsolo.

   A temperatura média anual dos Valles Calchaquíes é de 18º C e predominam os solos arenosos, grossos e finos, com muito boa drenagem.