Um grupo de psicólogos da Universidade Heriot Watt, em Edimburgo, realizou uma pesquisa, envolvendo 250 estudantes, que demonstra uma ligação entre a música que se está a ouvir e o sabor do vinho que se está a beber. A notícia é do site da BBC.
De acordo com o estudo desenvolvido, os especialistas concluíram que um copo de cabernet saboreado ao som de música mais pesada, fazia o consumidor descrevê-lo como mais poderoso, rico e robusto, em 60 % das ocasiões, do que se o provasse em silêncio.
A pesquisa sugere que o vinho do tipo cabernet é "mais afetado" por músicas consideradas pesadas, enquanto o chardonnay teria a sua percepção de sabor modificada com "sons energéticos".
Quatro música diferentes foram tocadas - Carmina Burana de Carl Orff ("poderosa e pesada"), Valsa das Flores, de Tchaikovsky ("sutil e refinada"), Just Can't Get Enough, do Nouvelle Vague ("energética e refrescante") e Slow Breakdown, de Michael Brook ("melosa e leve").
O vinho branco foi percebido como 40% "mais energético e refrescante" quando a música do Nouvelle Vague foi tocada, mas apenas 26% mais "meloso e leve" do que quando saboreado ao som de Michael Brook.
O vinho tinto chegou a sofrer variação de 60% na percepção de seu sabor quando acompanhado por Carmina Burana, a música "poderosa e pesada". O professor Adrian North, que liderou o estudo, acredita que a pesquisa poderia levar produtores de vinhos a imprimirem recomendações de músicas nos rótulos de seus vinhos.