Curiosidades

 

  Baco e o "Bacanal".

 

 

Na mitologia romana, Baco (Dioníso, para os romanos) era o deus do vinho. As festas em sua homenagem eram chamadas de bacanais – palavra que, no sentido moderno, é entendida como orgias. Tais festas foram introduzidas em Roma e vindas do sul da península itálica através da Etrúria. Eram secretas e frequentadas somente por mulheres durante três dias no ano. Posteriormente, os homens foram admitidos nos rituais e as comemorações aconteciam cinco vezes por mês. Ao invadirem as ruas de Roma, dançando, soltando gritos estridentes e atraindo adeptos do sexo oposto em número crescente.

 

Avondale e seus patinhos...

 

 

    A vinícola sul-africana Avondale, conhecida por produzir vinhos orgânicos e biodinâmicos, utiliza uma forma genial de controlar uma das pragas mais comuns nos vinhedos da África do Sul: os camamujos. Eles soltam patos jovens, que comem os caramujos. Como a praga é cíclica, assim que a colheita é finalizada e os caramujos somem, a Avondale faz um verdadeiro banquete... Pato cozido, assado, etc.
 No ano seguinte, com a chegada dos caramujos, são inseridos novos patos no vinhedo e começa tudo outra vez. O abate dos patos se deve ao princípio biodinâmico de cultivo, ou seja, o vinhedo deve ser auto-sustentável. Logo, os patos não devem ser alimentados pela vinícola, apenas pelos caramujos locais.

                                                                                   

   A incrível saga da Carmenère

    A casta Carmenère foi uma das mais amplamente cultivadas em inícios do século XIX no Médoc e Graves. Na década de 1860 as videiras européias desta variedade foram dizimadas pela filoxera, um insecto diminuto que afecta as folhas e a raiz sugando a seiva das plantas, e substituídas por outras castas menos sensíveis, como a Merlot.

   Julgada extinta, foi redescoberta em 1994 no Chile por um ampelógrafo francês, chamado Jean-Michel Boursiquot, que notou que algumas cepas de Merlot demoravam a maturar. Os resultados de estudos realizados concluíram que se tratava na realidade da antiga variedade de Bordeaux Carménère, cultivada inadvertidamente, misturada com pés de Merlot.

   Levada por engano aos vales vinícolas chilenos, a Carmenère se adaptou ao clima agradável e aos solos férteis obtendo êxito ao ponto de ser considerada uma das uvas mais importantes do Chile por sua qualidade e sabor excepcional. É no Vale do Colchagua onde está seu maior cultivo, que se mantém restrito ao Chile devido à fragilidade da cepa, que sobrevive graças ao bom clima e solo, mas sobretudo, ao isolamento físico e geográfico criado por barreiras naturais como o Oceano Pacífico, o Deserto do Atacama, a Cordilheira dos Andes e as águas frias do provenientes do Pólo Sul, que protegem essa região de pragas.

 

 

   É... O Chile salvou a Carmenère, para a alegria de todos nós!